Quando se está perante um organismo que entende não dar qualquer explicação às dúvidas dos munícipes, está a alimentar-se a especulação, pois não sendo esclarecidos, permitem-se tirar as suas conclusões que podem ser verdadeiras ou podem ser falsas. Depois, surgirão doutas razões, falando de exageros, de deselegância, de excessos de linguagem, de ironias injustificadas.
Mas como é que se sente quem, diante de um monstro urbanístico à porta de casa, tem estado “a falar p’ró boneco”?
Face a tão grande passividade (pelo menos aparente) por parte do Município, apresento uma sugestão para facilitar o contacto com os munícipes:
O Município e a Estratégia de Comunicação Directa com o Munícipe
Minuta 1 (do acto invisível)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que estamos a tomar as medidas que se impõem com vista ao cumprimento da Lei e dos Regulamentos.
Minuta 2 (do acto especial)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que a mesma carece de fundamento, pois estão a ser seguidos todos os procedimentos que viabilizam a continuidade da obra.
Minuta 3 ( do acto impotente)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que, infelizmente, os meios legais de que a Câmara dispõe, não têm poder suficiente para impedir o prosseguimento da obra.
Minuta 4 ( do acto terrorista)
Caro Munícipe
Acusamos e recepção da sua mensagem e informamos que, embora não tenha sido licenciada, a obra em causa pode prosseguir, pois o seu promotor ameaça despedir 150 trabalhadores.
Minuta 5 (do acto autista)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que não temos qualquer esclarecimento a prestar sobre a matéria.
Minuta 6 (do acto silencioso)
É dispensada qualquer minuta e o munícipe não obtém qualquer resposta.
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Minuta 1 (do acto invisível)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que estamos a tomar as medidas que se impõem com vista ao cumprimento da Lei e dos Regulamentos.
Minuta 2 (do acto especial)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que a mesma carece de fundamento, pois estão a ser seguidos todos os procedimentos que viabilizam a continuidade da obra.
Minuta 3 ( do acto impotente)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que, infelizmente, os meios legais de que a Câmara dispõe, não têm poder suficiente para impedir o prosseguimento da obra.
Minuta 4 ( do acto terrorista)
Caro Munícipe
Acusamos e recepção da sua mensagem e informamos que, embora não tenha sido licenciada, a obra em causa pode prosseguir, pois o seu promotor ameaça despedir 150 trabalhadores.
Minuta 5 (do acto autista)
Caro Munícipe
Acusamos a recepção da sua mensagem e informamos que não temos qualquer esclarecimento a prestar sobre a matéria.
Minuta 6 (do acto silencioso)
É dispensada qualquer minuta e o munícipe não obtém qualquer resposta.
___________
No caso em apreço, aplicar-se-ia a Minuta 6!
5 comentários:
A aplicação da minuta 6 é na realidade um simples acto do plano SIMPLEX, menos burocracia, menos procedimentos, menos respostas, como no antigo anúncio aos gelados:
Um Simplex para mim
Um Simplex para ti
Olá, Olá
E.. A vida sorri!
Gosto muito deste texto:
Versão resumida:
CURSO RÁPIDO DE INICIAÇÃO AOS SISTEMAS POLÍTICO-ECONÓMICOS
Corporativismo: Tens duas vacas. O governo retira-te as duas, emprega-te para tomares conta delas, e vende-te o leite ao valor de custo.
Comunismo Puro: Tens duas vacas. Os vizinhos ajudam-te a tomar conta delas, e todos dividem o leite.
Comunismo Russo: Tens duas vacas. O governo retira-te as duas, emprega-te para tomares conta delas, e fica-te com o leite todo. Como tal, tu decides roubar o máximo possível de leite e vendê-lo no mercado negro.
Comunismo Cambojano: Tens duas vacas. O governo retira-te as vacas e fuzila-te, acusando-te de seres um capitalista, criminoso, centralizador dos recursos de produção da Nação, e de fomentares a fome do Povo.
Socialismo: Tens duas vacas. O governo retira-te as vacas e coloca-as num curral, juntamente com as vacas de toda a gente. Tu tens que cuidar das vacas. O governo dá-te um copo de leite.
Democracia Pura: Tens duas vacas. Os teus vizinhos decidem quem deve receber o leite.
Democracia Representativa: Tens duas vacas. Os teus vizinhos escolhem alguém que decidirá quem fica com o leite.
Totalitarismo: Tens duas vacas. O governo apreende-as e nega a sua existência. O leite é banido.
Anarquismo: Tens duas vacas. Ou vendes o leite a um preço justo aos teus vizinhos ou eles tentam matar-te e roubar-te as vacas.
Ditadura Sul-Americana: Tens duas vacas. O governo retira-te as vacas e mata-te por ser contra a revolução.
Ditadura Iraquiana: Tens duas vacas e és fuzilado por suspeita de estas serem um instrumento do imperialismo americano com o objectivo único de contaminar todos os rebanhos do país.
Democracia da União Europeia: Tens duas vacas. Ao fim de algum tempo candidatas-te a um fundo comunitário para comprar uma ordenha mecanizada. Gasta-lo no novo modelo da BMW (também é mecanizado!!!, qual é o problema?). Se as vacas dão muito leite pedes um subsídio porque não tens onde o armazenar. Se dão pouco leite pedes um subsídio porque não tens outro meio de subsistência.
Capitalismo Americano: Tens duas vacas. Vendes uma e forças a outra a produzir leite de quatro vacas. E ficas muito surpreso quando ela morre...
Capitalismo Japonês: Tens duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois crias desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-los para o mundo inteiro.
Capitalismo Italiano: Tens duas vacas. Uma delas é a tua mulher, a outra é a tua sogra, "maledetto"!!!
Capitalismo Britânico: Tens duas vacas. Ambas são loucas, mas a família real mantém as aparências perante a imprensa.
Capitalismo Holandês: Tens duas vacas. Elas vivem juntas em união de facto, não gostam de bois e tudo bem!
Capitalismo Alemão: Tens duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que tu querias mesmo era criar porcos.
Capitalismo Russo: Tens duas vacas. Conta-las e vês que tens cinco. Contas de novo e vês que agora já tens 42. Contas de novo e afinal apenas tens 12 vacas. Paras de contar e abres outra garrafa de vodka.
Capitalismo Suíço: Tens 500 vacas, mas nenhuma é tua. E cobras por guardares as vaca dos outros.
Capitalismo Chinês: Tens duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Gabas-te de teres pleno emprego e alta produtividade. E prendes o activista que divulgou os números.
Capitalismo Hindu: Tens duas vacas. E ai de quem tocar nelas.
Esse projecto de engenharia tem certamente um responsável técnico inscrito na respectiva associação profissional (OE ou ANET). Seria da sua obrigação a observação das normas técnicas e regulamentares em vigor. Tomo a liberdade de dizer: inicie um processo junto das associações mencionadas contra os técnicos responsáveis pelo o projecto e pela obra. A razão está do seu lado, mas a força ainda pede para outro...
Grato pela sugestão.
Irei comunicar o facto às entidades referidas.
É que os princípios deontológicos devem sempre ser respeitados.
Já agora, sobre os "sistemas políticos" do amigo Paulo Silva, acrescento mais um:
"Capitalismo justínico" - Tens uma vaca. Ao lado do minúsculo curral da tua vaca constroem, sem qualquer licença, uma mega estrutura que pode albergar um milhão de vacas. Reclamas que essa estrutura retira o sol do teu curralinho e que isso vai contra os teus direitos. Dizem-te que não tens "dimensão para dar palpites", chamam-te "malcriadão" e ameaçam-te com um processo.
Deixo aqui uma "ideia"...
Formar uma associação de defesa dos "mais pequenos", e já tenho nome E.T.A.N.T.O.S. - Entre Todos Assim Não Teremos Outras Surpresas...
Eu não me importo de ser o Associado nº 01...
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