quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dorsais Galucho , "jamé"... ou um patrocínio que "dançou"

Sexta-feira, 7 de Março de 2008


Numa retaliação "primária" ao exercício da cidadania em interesses não coincidentes com a administração da Galucho, foi-nos solicitada a entrega de todo o material promocional da empresa que, ao longo de décadas temos exibido na Meia Maratona de S. João das Lampas.
Tudo estaria bem, se isso não fosse interpretado como um "corte" numa colaboração entre a maior empresa da Freguesia ( e talvez do Concelho de Sintra ) e um dos mais conhecidos eventos desportivos da região.
Cumprimos com o que nos foi solicitado, mas achámos que deviamos enviar uma carta, que agora fica aberta, e que reza o seguinte :
Sr.Comendador
Muito provavelmente não pretenderá despender o seu precioso tempo com uma carta desta natureza e também não é minha intenção justificar a atitude que tomei (pois já o fiz no público texto da “discórdia”). Ambos temos mais que fazer. Ficou V. Exª surpreendido pelo meu descontentamento face à ampliação da fábrica, como se eu não tivesse o direito a falar, por maior que fosse o respeito e consideração que me merecesse?!Pretendo apenas dizer-lhe o seguinte:A Meia Maratona de S. João das Lampas tem 31 anos de existência e, mais pelo respeito a uma marca da terra de que nos orgulhamos, do que pelo apoio financeiro obtido (nem sempre recebido), tivemos sempre associado o nome da Galucho na nossa imagem. Com muito orgulho e honra, sou um dos elementos de uma organização que alcançou uma posição de referência no panorama do desporto português. Mas sou apenas um elemento de um grupo homens e mulheres, empenhado e voluntarioso que nada tem a ver com a questão levantada e que, sem pretenderem qualquer protagonismo (e talvez, por isso, não conhecidos de V. Exª) têm desenvolvido um trabalho tão ou mais importante que o meu na organização.Foi, há dias, solicitado o material publicitário da Galucho à Meia Maratona de S. João das Lampas, em sinal de “rotura”. Ele aqui vai juntamente e desejo, sinceramente, que outros lhe dêem o relevo que nós lhe demos.Mas com esta atitude, está a transportar-se para o plano da comunidade, uma questão do plano estritamente pessoal. Não era a mim (embora me fosse dito que eu “estava a elevar-me com o dinheiro dos outros”) que a Galucho apoiava, mas sim a um evento que fez tradição e que promove o nome de S. João das Lampas, pelo que me abstenho de comentar esta atitude da Galucho, agora sim, na pessoa do seu Presidente do Conselho de Administração…!Sr. ComendadorNas suas palavras, não tenho “dimensão” para me dirigir a si e sei que não sou ninguém, mas atrevo-me a lembrar-lhe que, na vida e nas relações humanas há valores que são bem mais importantes que o do dinheiro e há quem teime em afastar-se deles.Respeitosamente.

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