quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mexer para nada

Caros visitantes, reparem nesta foto : existe uma descontinuidade na linha superior, enquanto vão acertando a cércea. Se conseguirem notar algum desalinhamento, a diferença corresponde ao que foi "corrigido" após o licenciamento da obra!
Com toda a certeza há quem esteja a brincar com o pagode, pois desmontar toda a estrutura, para encurtar em dois palmos os pilares, é... o quê?
Depois lá está: "atrapalho quem quer investir".
Podem crer que não me vou calar !

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

5 palmos de grave prejuizo para o interesse público

Foto de 23.12.2009 : Em cima e à direita : a nova altura da construção ; ao fundo, a anterior !
Os regulamentos dizem que a cércea não pode ser maior que a distância da base ao eixo da via ?
Não sei é se isto se aplica no caso em apreço.

Duas cartas ao Sr. Presidente da Câmara:
1ª -10.DEZ.

Assunto : OBRAS DA GALUCHO EM S. JOÃO DAS LAMPAS

Lamento vir junto de V. Exª com desagradáveis motivos, mas, mesmo assim, não posso deixar de o fazer.
Muito provavelmente, não virei a ter qualquer resposta (como aconteceu da 1ª vez que lhe apresentei o assunto, em Fevereiro de 2008), mas indo directamente ao assunto, venho apenas solicitar a V. Exª um breve esclarecimento sobre a obra de ampliação da Galucho em S. João das Lampas.

Quando foi interposta providência cautelar face ao embargo que essa digna Câmara efectuou à empresa, foi respondido pela Câmara que :

“O projecto apresentado não é passível de vir a ser aprovado, porque:

-Está implantado em terreno classificado pelo PDM como urbano e não industrial;
-A altura máxima que o PDM prevê para o local é de 6,5m;

Por isso

NÃO OBSTANTE A PENDÊNCIA DA PROVIDÊNCIA CAUTELAR, PROSSIGA-SE COM O EMBARGO.”

Tornei pública esta feliz decisão, concluindo que

“Embora continue a pensar que se “deixou ir longe de mais” uma obra tão polémica, aplaudo esta decisão da Câmara, esperando, agora, que haja firmeza em fazê-la respeitar.”

Vejo agora que os trabalhos recomeçaram e que o Senhor Administrador da Galucho tem dito que a obra já se encontra licenciada (!).

Em face do que antecede, eis a questão:

-Existe licenciamento? Se sim, o que fez a Câmara alterar a sua posição?

Não é minha intenção procurar as respostas noutras instâncias, mas fá-lo-ei enquanto não as obtiver e for vendo a obra a crescer.

Tal como da primeira vez, também agora não cometerei a indelicadeza de “abrir” esta carta antes que V. Exª se possa pronunciar sobre ela.

Mas não quero acreditar que este caso seja mais um a somar aos indicadores, cada vez mais abundantes, da ingovernabilidade do País.

Peço desculpa pelo tom utilizado, mas V. Exª compreenderá que a cordialidade deixa de ser prioritária, quando nos sentimos injustiçados com o funcionamento das instituições.

Aguardando uma resposta breve, apresento a V. Exª os meus respeitosos cumprimentos.


Atenciosamente,
Fernando Andrade

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2ª - Hoje, 23.12 :

Exmº Senhor Presidente

Na ausência de resposta ao meu e-mail de 10 de Dezembro, continua a ser de estranhar a não ser afixação para o exterior, qualquer placa avisadora do licenciamento da tão polémica obra da Galucho.

Certamente que se verificou alguma alteração aos critérios da Câmara segundo os quais, há um ano atrás, resultaria “grave prejuízo para o interesse público” se fosse aprovada a construção.

Certamente, foi condição sine qua non um redimensionamento da estrutura, cedendo a edilidade, nas outras questões que também se opunham à aprovação da obra.

A falta de esclarecimento a quem colocou dúvidas no local certo (usando de um direito de cidadania) presta-se a especulações. Aguardei, serenamente, pelos esclarecimentos e até aceito que não tenham que me ser dados. Mas, usando do mesmo direito de cidadania, procurarei as respostas junto de quem seja capaz de mas dar, mesmo correndo o risco de ser incómodo.

O que parece estar a ser feito é um encurtamento claramente insuficiente dos pilares, conforme mostro na foto anexa, e que não deixam de ser motivo para a continuação da contestação dos trabalhos.

Não se pode admitir que se uma obra não cumpre as regras, se alterem as regras e não a obra. E faço-o não só em defesa dos interesses dos moradores da minha rua, mas também pelo “interesse público” e pela defesa do bom nome de uma Câmara que se deve fazer respeitar e para quem os munícipes estão em pé de igualdade.

Com os meus respeitosos cumprimentos ( e votos de Festas Felizes)

Fernando Andrade

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A Placa Invisível

Consta que existe um licenciamento para a obra. Mandam as regras que esse licenciamento, conste numa placa avisadora colocada no local (ainda que não seja de dimensões proporcionais), visível do exterior, que refira o número do Processo, data do início e fim previsto, técnico responsável.
Ora, concerteza que está a ser cumprida a Lei (já me chega de, sequer, insinuar o contrário) mas… ou eu estou “pitosga”, ou a tal placa é “invisível”, ou (lembrando o saudoso Ribeirinho) alguém anda “a fazer poucochinho do Rufino”.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sinais de qualquer coisa

Deixei passar uns dias!

Concluí o meu post de 10 de Dezembro assim:

“Mas o que não mudou, de certeza, nem um milímetro, foi a altura ou o afastamento da rua, de um monstro desmesurado de metal que me querem pôr como vizinho.

Hoje mesmo dirigi a pergunta ao Senhor Presidente da Câmara. Espero a resposta. E vou esperar sentado.”


Pois bem, embora continue sem qualquer resposta, confesso que me enganei na apreciação da coisa. É que o desenvolvimento dos trabalhos, até agora, tem sido favorável a quem, desde o início, contestou a obra, ou seja, o que se tem assistido é à desmontagem das vigas metálicas longitudinais, aplicadas no tecto. Falta agora, as transversais que são de um porte bastante superior.

Não me agrada a continuidade da parede de betão, sem que tenha aumentado o seu afastamento da via pública. Mas há aqui alguns sinais, de que se está a preparar o redimensionamento da estrutura. Terá sido esta uma das condições para a sua viabilização (?) e, quem licenciou, terá acabado por ceder a pressões e “dar de barato” os restantes condicionamentos (PDM, RGEU, perímetro de protecção à Capela do Espírito Santo - que fica a 15 m, etc). Mas não deveria.

Estou com curiosidade para ver como vão encurtar os pilares e com que tamanho irão eles ficar.

Incomodo, mas... “ estou de olho” !

PS – Não sei se me “portei bem” com este texto, mas não ofendi ninguém, pois não?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A bola de lama

Aconselharam-me a ter calma.
É que pode ser perigoso tratar os bois pelos nomes. Apesar da eloquência das imagens que todos conhecem o que poderá ser “exagerado” e voltar-se contra mim, é utilizar as palavras certas para vos contar o que me vai na alma, quando vejo que afinal, vivemos num mundo “lamacento”. Não se pode ser duro com quem viola as leis, pois vêm outros (pagos por ele) dizer que se trata de um cidadão respeitável; não se pode falar de corrupção porque não existem provas e os factos não falam por si; não se pode falar de despotismo porque se trata de um importante empregador. Ai de quem venha dizer que existe um Direito diferente do dele. Até pode ser Professor, até pode ser o defensor do Povo, mas tem que “amochar”…ali!!!!
Assim comandada, esta “bola de lama” lá vai girando …
…Eu estou calmo!...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A mudança de mor espanto

Caros visitantes

Após uma pausa de quase um ano e meio, entrámos no “3º round” desta luta desigual, num País onde se apregoa a “igualdade”.
É verdade que 10 dias após as eleições autárquicas, conforme refiro no apontamento anterior, se tinha registado alguma movimentação que, provavelmente, por causa de algum “empecilho”, fez abortar, nesse mesmo dia, a investida. No entanto… isto já revelava, haver ali alguma “substância”.
Ontem e hoje, gruas e operários, recomeçaram a colocação de vigas e a preparar cofragens para continuarem as paredes de betão!
Bem sei – e sempre o disse – que as minhas probabilidades de sucesso eram mínimas, mas continuarei a ir à luta.
Dizem-me na Polícia Municipal que a obra está licenciada desde o início de Dezembro (?) .
Mas se a Câmara respondeu à providência cautelar de Junho de 2008 dizendo que a obra não tinha condições de ser aprovada e que dela resultariam graves prejuízos para o interesse público !!! O que terá sido que mudou, que não vislumbro, para que a mesma Câmara tenha mudado de posição?

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades.
…/…
Que outra mudança faz de mor espanto
Que não se muda já como soía ?


Assim dizia Camões no conhecido poema.

Mas o que não mudou, de certeza, nem um milímetro, foi a altura ou o afastamento da rua, de um monstro desmesurado de metal que me querem pôr como vizinho.

Hoje mesmo dirigi a pergunta ao Senhor Presidente da Câmara. Espero a resposta. E vou esperar sentado.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O olho do falcão - I

16.10.2009

Cinco dias após as eleições autárquicas, eis que recomeçam as movimentações no terreno, com máquinas a limparem o mato (entretanto criado), homens a reabrirem buracos na parede (que haviam sido tapados) e outros a fazerem uma cofragem na parede de betão (para a fazer crescer?) e que havia sido interrompida por ordem judicial.
Talvez os resultados eleitorais lhe tenham feito ressurgir alguma esperança de levar por diante o seu plano diabólico, mas algo se terá passado para que o dono da obra, na sua distinta viatura, se tenha aproximado do local, parado e, gesticulando, ordenasse para que, rapidamente, todos “desaparecessem” dali ! Que diabo !? Fugir de quê ?!
“Figurinhas” … !

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Are you talking to me ?

Não havendo novos desenvolvimentos nada me tem chamado aqui. Mas hoje houve!
Fui chamado a depôr na GNR, em declarações complementares, no âmbito do processo que me foi movido, "alegadamente" (já pareço os do telejornal) por difamação!

Pretendia o Sr. Procurador que eu esclarecesse se, quando disse que não tinha orgulho nenhum em ser conterrâneo de um intocável fora da lei , estava a referir-me à pessoa que me moveu a acção .

Deduzi que, para me ser solicitado este esclarecimento é porque não era claro (La Palisse) que eu me estivesse a dirigir ao Senhor Administrador da Galucho. E, de facto, embora a "carapuça pudesse servir-lhe", disse-o em termos genéricos e dentro de um determinado contexto. Nunca, de forma gratuita e injuriosa. Ninguém, em parte alguma do mundo, terá orgulho nisso.

Foi esta a resposta que dei e que vai ser junta aos autos.