Prezo-me por ser um cidadão comum. Com os seus defeitos, com as suas qualidades. Nas reflexões que faço e escrevo, não quero ser mais do que isso e, como tal, posso expressar dúvidas, ignorância, saberes, consoante a matéria em causa. Como qualquer cidadão comum.
Procuro que a expressão escrita seja o mais próximo possível da expressão falada, com as limitações que o bom senso dita e com a leveza das coisas simples e populares.
Bem sei que os profissionais da comunicação têm regras de ética que lhes permitem avaliar se estão ou não a cometer exageros nos termos usados quando escrevem e medir as consequências do que dizem. Não é o meu caso. Penitencio-me por isso. Digo o que me vai na alma, de forma ingénua, mas sincera e responsável.
Falei do que sentia e alguém reparou numa expressão que, mesmo adequada, poderia ter uma interpretação diferente da que eu queria e aproveitou-a para se vitimizar e me acusar de injurioso.
O “tento na linguagem” que me foi recomendado “no louvável exercício da cidadania” não tem em conta que o possível exagero da linguagem utilizada é consequência do exagero dos factos que a provocam. Não atingi a honra nem a intimidade de ninguém. Tão só quis dizer que a impunidade a que se assistia não era compatível com as regras vigentes. "Era preciso dizer basta” conforme reza a douta sentença.
Ora, como é que pode este simples “grito” ( para ser ouvido por quem deveria ter actuado e não actuou ) ser punível com indemnização ao prevaricador que, imagine-se (!) “sofreu graves prejuízos morais” não pela afronta e pela desobediência que cometeu, mas porque um “bandalho” lhe apontou o dedo?!
Capa de edição 22/11/2024
Há 2 dias
3 comentários:
uma boa ideia:
http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/rua-em-oeiras-recebe-falso-nome-_2193.html
que tal convidá-lo para cá?
Caro Amigo Fernando,
Imagino como deve estar a tua cabeça…
Ora aqui está uma decisão que nos deve pôr a reflectir muito sobre a justiça em Portugal…
Em tempos também tive uma acção em tribunal e o advogado dizia-me: “Se a justiça fosse matemática, esta acção estava 100% ganha!”…
Mas, de facto, não é bem assim. Há muitos factores, humanos, não humanos que podem alterar substancialmente a justiça das acções…
É um pouco como uma ida a um bloco operatório. Por muito simples que seja a pequena cirurgia, o factor de risco aumenta substancialmente em função da disposição e competência do cirurgião. Sabe-se como se entra, não se sabe como se sai…
Bom, mas ao contrário do bloco, onde o erro pode ser fatal e sem recurso, na justiça há a figura dos recursos que poderão ir até ao constitucional e reparar-se um erro primário…
Não desanimes e tem esperança que mais vale tarde que nunca! A verdade vem sempre ao de cima! Tu tens razão e sem ponta de qualquer favor, hás-de vencer, repor a verdade e a justiça no lugar!!!
Um forte e grande Abraço de Solidariedade!
Orlando Duarte
Amigo Orlando, muito obrigado pelas tuas palavras de encorajamento e de confiança.
Grande abraço.
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