sábado, 6 de fevereiro de 2010

Aí está ! Podem rir de mim.




A Justiça, como todos sabem, já não é o que era: branda para quem prevarica e complexa para quem quer colaborar com ela.
Sempre me habituei a ver a Justiça como um “dom” da sociedade, através do qual os maus eram punidos e os bons eram protegidos, sendo que o conceito de “bem” e de “mal” estava na consciência de cada um.
Hoje, o que se passa é que não importa fazer-se mal. A menos que se seja “apanhado”. A cultura da consciência individual já tem pouco a ver com o que a Justiça acaba por julgar, rendida que está ao primado da forma sobre o conteúdo. Não basta apresentar factos que, mesmo simples, têm que ser “metidos” em “embalagens atraentes”, por “mãos hábeis” a que o comum do cidadão não consegue recorrer. Só assim serão julgados.
Já não existem maus! Um cidadão já só pode falar em “presumivelmente maus”, mesmo que os tenha “apanhado” a cometer o crime mais hediondo. Quando deixar de ser “presumível” e passar a ser mesmo “mau” já se foi o tempo em que a pena a aplicar seria a justa.
Por outro lado, se eu vir alguém a roubar e lhe chamar “ladrão” corro sério risco de ser processado por “difamação” porque quem roubou achou que usei um termo injurioso e não o poderia ter feito em público. O mesmo acontece se eu vir alguém a cometer um crime de desobediência e o denunciar.

Neste caso concreto que temos vindo a acompanhar, com a cumplicidade descarada da Câmara e a mais vergonhosa imunidade do prevaricador, o que acontece é... nada! E o pior é que se fica com a sensação de vivermos em dois países: O das Leis a que todos os cidadãos estão igualmente sujeitos (diz o “livrinho”) e o outro, o real, que nos entristece e indigna sem que a razão tenha qualquer peso.

Já Platão dizia que os virtuosos não precisam da Lei para agir correctamente, enquanto que os “outros” saberão sempre como contorná-la.

... E o “armazém” acabou hoje de ser revestido.

Hão-de vir dizer que agora já não se pode fazer nada. E não era isso que o dono queria ouvir ? e há-de rir-se a bom rir de mim e do desgraçado país que temos e daqueles que tendo o dever de se fazer respeitar, o deixaram levar por diante os seus desígnios.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

solo à vista?

"- Não pode ser ! Então vão ficar 2 metros desperdiçados ? Isto é para encostar à casa!!! O dono, depois, que venha falar comigo, se quiser ... "






Et... voilà (encostadinho)