Ontem, durante a audiência, soube de coisas que me deixaram de boca aberta. O advogado da acusação, a quem agradeço ser um “devoto” leitor deste blogue, encontrou nos vários textos que aqui foram sendo publicados, uma lista de impropérios que eu terei chamado ao seu constituinte e com os quais ele pretendia reforçar a ideia de que as minhas “ofensas” não se resumiam ao artigo publicado no Jornal de Sintra, mas teriam sido “continuadas” neste blogue.
Segundo ele, eu terei chamado ao Sr. Comendador, “explorador”,” criminoso”, “assassino”, (numa lista muito maior de nomes idênticos, que não consegui registar)!!!!
O Senhor Doutor leu os meus escritos e, pelos vistos, não houve alegoria que se lhe escapasse, nem palavra feia que não aproveitasse, para "fazer de mim" um difamador de primeira apanha. Mas, das duas uma : ou o Senhor Doutor procurou nos textos as palavras que seriam passíveis de ofensa, riscando-as uma a uma, descontextoalizando-as, ou interpretou muito mal as minhas palavras, como se de “infames vitupérios” se tratassem. E elencou-as.
Inevitavelmente, comecei a imaginar-me na pele do Capitão Haddoc, amigo do Tintim, em que ele, que tinha mau vinho, com um copito, começava de vociferar insultos em catadupa, até que terminassem os efeitos do “éter” na mioleira.
Caro doutor, sugiro uma leitura mais atenta dos textos, pois, que raio, até uma quadra do Aleixo, a que teve a bondade de se reportar, lhe pareceu ofensiva! É que uma coisa é não gostar de um texto porque, consciente ou inconscientemente, se faz alguma comparação inconveniente, outra coisa é concluir que o texto está a ofender.
Finalmente, foram ouvidas todas as testemunhas e feitas as alegações finais: da acusação, da defesa e as minhas. Dia 6 de Janeiro, será lida a sentença.
Capa de edição 22/11/2024
Há 2 dias
1 comentário:
Caro Fernando tenho a certeza que a sentença só poderá ser a absolvição. Abraço
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