quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Agora, vamos ver o que dá

Não me dá qualquer gozo hostilizar quem quer que seja. Nem sou pessoa que goste de andar metido em intrigas, a apontar o dedo a este ou àquele que não procedeu bem , pois sei que, como toda a gente, eu também tenho as minhas falhas merecedoras do reparo de outros.
Mas o que se passa aqui é que, o “circuito fechado” não foi suficiente para que me fossem dados os esclarecimentos que pedi a quem de direito e sobre um tema que me era altamente prejudicial e que já tinha sido reconhecido pela edilidade, como lesivo para o interesse público.
Vem, então o “circuito aberto”, procurar as respostas. A força dos média imporá o respeito que foi negado a um simples cidadão. Bate forte. Agita. Cria dilemas.
“- O que é que aquele gajo anda a fazer!?!?” – dizem alguns, incomodados com o que hoje veio a lume na página 20 do Diário de Notícias. Outros virão a seguir e as águas irão agitar-se.
Falei. Não o que me deu na gana, mas o que vi . Denunciei. Não uma questão de lana caprina, mas uma violação flagrante dos regulamentos e o desrespeito pelos moradores de uma rua. E esses moradores têm uma única casa que é aquela que habitam. Permanentemente.
Os regulamentos contemplam esses direitos. Podemos ficar calados quando assistimos a um “licenciamento” que procura encapotar aquilo que na realidade não é licenciável (ou, sendo, apenas metade)? Quem é que poderia ter pensado que ninguém repararia nisso?
Há-de haver quem se sinta ofendido pelas notícias; pela exposição pública. Pena que não tenham tido o mesmo sentimento quando surgiram os factos que geraram essas mesmas notícias.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sr. Fernando deixe que lhe diga, a sua batalha é de salutar, mas saber parar é um grande sinal de inteligência, pois, está a complicar a sua vida com tribunais e comentários menos abonatórios que certamente deixam a sua familia e amigos tristes.
Efectivamente como diz um Sr. que aqui fez um comentário, as familias que moram ai perto já tinham um grande muro e um vista no minimo lamentável desde há 40 anos atrás.
Tenha calma e lute pelas necessidades dos cidadãos da freguesia de S.João das Lampas, peça ao novo presidente que dê uma volta consigo,você conhece essa freguesia como ninguem, ouça as pessoas e veja qual as suas necessidades para facilitar o seu dia a dia, e então vai sentir que é útil para os seus concidadãos e está a prestar o que se chama serviço público.
A Galucho existe à 90 anos e ficará provavelmente por muitos mais anos, nunca se esqueça que é uma empresa familiar e que hoje está lá este Sr. Comendador na administração e que amanhã poderá estar lá novamente outras pessoas de sejam mais acessiveis.
Um bem haja e boas corridas.
Manuel Saraiva

Fernando Andrade. disse...

Caro Manuel Saraiva
Obrigado pela sensatez do seu comentário, apelando à calma e ao saber parar a tempo.
Concordo consigo, sobre a importância da Galucho para esta terra, mas a minha luta não é com a Galucho mas sim com um capricho do seu actual administrador. Não concordo consigo quando diz que se a vista da minha casa já era lamentável, se for ainda mais lamentável não faz qualquer diferença! E viver numa casa onde o sol deixa de entrar, porque é substituído pela sombra de um gigantesca estrutura!? Compete a cada um zelar pelo seu património que, neste caso, se vale pouco, passará a valer muito menos. Os regulamentos acautelam a “voracidade” de quem entendeu expandir-se para além das marcas. E quando vejo que quem devia zelar pelo seu cumprimento não o faz porque existem forças que até nem são ocultas, mas descaradamente visíveis, que ditam regras próprias e se assiste a uma lastimavel submissão a elas de quem deveria ser suficientemente forte para as combater, faz-nos pensar se não será anedótica a mais que badalada afirmação de que vivemos num estado de direito.
Nunca entrei num tribunal e confesso que não sei como me comportarei. Ao invés, a outra parte, “está na sua praia” e entende que são os tribunais que lhe lavam a honra que ele próprio vai sujando. Mas não tenho nenhuma razão para temer o confronto. Não sei se é uma questão de coragem, se de ingenuidade, mas não é minha intenção parar de lutar, por mais remota que seja a possibilidade de sucesso.
Quem dera que a Galucho tivesse a administração que merece.
Abraço.
FA

José Costa disse...

Bom dia,
Gostaria de ver alguns comentários argumentando OBJECTIVAMENTE E TECNICAMENTE que a razão não assiste ao Sr. Fernando.
Talvez a minha visão seja obtusa mas porque razão um cidadão não pode ou não deve tentar valer os seus direitos? Pactuar com o quê? Abdicar de princípios a que preço?
É que o princípio de que para alguém prosperar alguém será prejudicado está profundamente errado.
O ser humano nunca deixa de me surpreender!
José Costa