quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Céu da minha rua

Tudo se prepara para o facto consumado


Num dos pratos da balança, coloque-se:

Um importante industrial, grande empregador, benemérito, dono de "meio mundo";

No outro, coloque-se :

Um munícipe comum e anónimo, “teso”, vítima da ostentação do 1º, que barafusta e apela a que se cumpra o que está estabelecido .

Num estado de direito, as obrigações são para todos, sem excepção. Logo, o ajuizamento da questão não ofereceria dúvidas.

Num estado como o nosso as coisas são diferentes e o ajuizamento acaba também por... não oferecer dúvidas.

…E "bico calado"!

Entretanto, o céu da minha rua ficou reduzido a metade. Quando olhamos para cima sentimos uma espécie de “hemianópsia” em que o “campo ocular-sul” fica definitivamente comprometido. Tudo por causa da “cegueira total” da Câmara.
Na aldeia onde moro, zona rural por excelência, os regulamentos acautelam as características e as cérceas dos edifícios. Mas neste “Tratado de Tordesilhas” que, com a bênção de Seara, dividiu o céu da minha rua, o sol ficou para quem quer fazer reluzir os seus potes de ouro. Para os moradores ficou a sombra .

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