Solicitando a palavra, o deputado André Beja, do Bloco de Esquerda, fez uma intervenção sobre esta matéria, com uma síntese do historial e questionando a Câmara sobre a forma como a tem encarado e qual a acção prevista para o futuro, caso continue o incumprimento.
Certamente por falta de tempo, nem o Senhor Presidente da Câmara, nem qualquer dos Senhores Vereadores presentes, responderam à questão levantada.
Se deixo uma palavra de apreço pela forma determinada como o Senhor deputado André Beja pôs “o dedo na ferida” deixo também uma de admiração por nem sequer “terem pestanejado”. Valentes!
…E continuam as movimentações na obra…
5 comentários:
Sim , as obras continuam ,infelizmente perante a passividade de todos os moradores...
Olá, Cristina.
Eu acho que não se pode falar em passividade de todos os moradores. Afinal, seria com isso que o Sr. JJ contava.
É verdade quenão houve reunião dos moradores para se tomar uma posição. Mas das conversas tidas e da recolha de opiniões, vi que todos discordavam da obra. Por isso entendi que tudo o que fizesse no sentido de "travar" o processo, seria em representação dos moradores e de todos os que acham que ninguém deve estar acima das leis que por vezes até têm sido severas para com quem cometeu pequenos delitos. O sentimento de impunidade com que esta obra avançou é que é preocupante e afecta não só os moradores da Rua da Barroca, mas todos aqueles que, neste País acreditam no princípio constitucional da igualdade dos cidadãos perante a Lei.
Sr.Fernando concordo que ninguém deve estar acima da lei, mas será que se uma centena ou mais de pessoas forem despedidas, você e os mesmos da Junta vão ajudar a conseguir empregos, não sei se sabe mas o mercado de trabalho está péssimo.
Seria de aplaudir a sua iniciativa se S.João das Lampas fosse um exemplo a seguir, mas nessa terra falta tudo.
Sr. Manuel Santos não podia estar mais de acordo, e acrescento que se o Sr. Fernando fosse dedunciar todas as obras ilegais de S.João e da sua freguesia, tinham de deitar abaixo metade da freguesia e nunca ele próprio podia trabalhar na Junta, pois podiamos pensar e estavamos no nosso dever, estará a pactuar com essas ilegalidades?
Creio que será justo depreender das palavras dos caros Manuel Santos e José Francisco, que em tempos de "crise", será razoavel não olhar à lei, em nome da promessa do emprego. Quer-me parecer que é uma perspectiva um pouco redutora e, atrevo-me a dizer, sensacionalista da questão.
Insinuar que por S. João das Lampas não ser um exemplo no que a legalização de obras diz respeito, esta indignação contra um desrespeito gritante pela lei não tem razão para acontecer, também me parece uma posição errada.
Desengane-se quem pensa que esta obra era algo necessario para manter a empregabilidade da fabrica. De tal forma, que a empregabilidade se mantem.. Mantém, salvo seja, dado que um empregado da Galucho está algo dependente dos estados de espirito do presidente daquela fabrica, pelo menos é o que sou levado a entender por relatos que vou ouvindo nesta terra (S. João das Lampas).
Creio que, com o passar do tempo, se torna cada vez mais evidente que a ameaça dos desempregos, foi de facto usada pelo presidente da galucho como a sua carta mais forte, com a qual esperava obter carta branca da autoridade... e tal até poderia ter acontecido, caso a obra não gritasse a S. João das Lampas e arredores (porque a obra pode ser vista de Bolelas, das Areias, de Monte Arroio, e sabe-se la mais de onde) que está ali.
E o facto de ter recorrido a tal ameaça, so me faz lamentar profundamente que o Sr João Justino tenha sido condecorado pelo presidente da republica, e hoje ostente o titulo de "comendador". Não é de empresarios como este que portugal precisa, e não é com pessoas que se julgam não so acima da lei, como acima do seu proximo que este pais vai para a frente.
Felizmente, tudo parece ter acabado da forma que devia: os empregos mantêm-se, e a lei está a ser cumprida.
No entanto, e em defesa do Fernando, so posso dizer, que ele faria igual ruido na comunicação social, caso se concretizasse essa mesma ameaça.
Ha que pensar a longo prazo, e ha que pensar se Portugal no futuro terá alguma possibilidade de se afirmar internacionalmente, enquanto os seus habitantes não respeitarem a sua prorpia lei, e enquanto o estado não a fizer valer.
E também temos que pensar se a industria que nós queremos, é uma industria responsavel, e competente, ou uma industria que para levar a bom porto alguns caprichos pessoais dos seus dirigentes, se faz valer dos empregos que cria.
"think out of the box"
e perdoem-me alguma incorrecção em que possa ter incorrido com este comentario...
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