quarta-feira, 21 de maio de 2014

O Desconserto


Depois de longa ausência - e silenciosa, ei-lo de volta.
E quando vinha para comunicar, triunfante, o seu regresso, vê-se a contas com… a justiça: - está a chegar o momento do cumprimento da pena a que foi condenado pelo facto de ter cometido um acto de cidadania “criminosa”, há seis anos atrás.
A justiça tarda mas chega. E ensinou-lhe que a verdade perde importância, quando há gente que se sente ofendido com ela; quando há gente que tem uma “verdade” muito própria e não se importa de gastar o que for preciso para que o “sistema” se vire contra quem lhe apontou o dedo.
Para começar, há as custas processuais (204€), pois, ao ser considerado culpado, terá que suportar as taxas de justiça de uma justiça que não se fez.
Aguarda, ainda, entrevista no Instituto de Reinserção Social, a fim de acertar detalhes sobre a prestação de 250h de trabalho comunitário, certamente como forma de ressarcir a sociedade pelos prejuízos causados e para reabilitação da “conduta perigosa” que representa.
Fica ,depois, a faltar a indemnização por danos morais ao “ofendido”.
E viva a liberdade de expressão! Viva a liberdade de imprensa! Viva a igualdade de todos perante a Lei.  - É o que ele ouve; é o que ele diz.

Viva a censura! Viva a lei da rolha! Viva uma justiça que se verga perante os ricos. - É o que ele vê.

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